Corinthians e Fiel, Fiel e Corinthians. Falar de um é falar do outro. A relação estreita do torcedor alvinegro com seu time foi marcante nos primeiros cem anos de História.
Não faltaram capítulos em que demonstrações de extrema paixão e paixão extremista viraram manchetes de jornal, matérias de televisão e comentários nas ruas pelo Brasil.
São mais de 25 milhões de seguidores mundo a fora. Se fosse um país da Europa, por exemplo, o Corinthians teria a nona maior população do continente. No Brasil, ocupa o posto de segunda maior torcida com folga – nos últimos anos, passou a ameaçar a liderança do Flamengo.
Demonstrações de amor, como a Invasão ao Maracanã em 1976, o maior público da História do Morumbi, os quase 30 mil na final do Mundial de Clubes, também no Rio, e a fidelidade nos momentos mais difíceis, como a passagem pela Segunda Divisão, foram tão noticiadas quanto os gols marcados em campo.
Mano Menezes, que recentemente deixou o Parque São Jorge para ser técnico da Seleção, resumiu em poucas palavras tal paixão. Nos últimos três anos, viu a torcida ser obrigada a assistir jogos da Segundona, comemorar títulos, perder jogos que não davam para perder, enfim, conviveu diariamente com os mais diferentes sentimentos do povo. E falou.
– O Corinthians é o resumo da maior paixão que eu já vi, encarnada no sentimento do torcedor – disse.
É por isso que, para um corintiano, títulos fazem parte e devem ser comemorados. Mas não é tudo. Viver o dia a dia do clube é ainda mais.
– A Fiel me ensinou uma lição que levarei para resto da minha vida: a perseverança – lembrou o capitão William, em carta aberta à torcida.
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