Normas, regras, contratos...
Moralidades, éticas, valores... Códigos, intransigentes ou não, códigos!
Sociedade! Assim se organiza, penso, esse amontoado de seres racionais, em tese,
que, eventualmente, se distraem em suas i-razões. No que me concerne, ora como
estudante, ora como cidadão, ora ainda, como sabe lá o que, mas algo
notoriamente crítico e reflexivo, observo as metamorfoses ambulantes sociais.
Cada segmento, a seu modo natural, se transmuta e recebe, no tempo, sua nova
face. Ah, sociedade... Decifrem-na se puderem e, ao final, comuniquem-me, pois
a luz de minha singela observação segue sendo, talvez, um dos maiores mistérios
humanos.
Bom, aos questionamentos
muitos aos quais não me cabe, agora, apresentar-lhes em virtude de meu
indiscutível contra senso e que, naturalmente, talvez, pudesse distorcer o que
me pede a finalidade deste, resguardo-me, portanto, dentro de minhas convicções
indubitáveis que me fazem crer que as normas sociais, sejam as religiões, o
direito, a ética, a política, o que queiramos que seja, conseguem sim,
organizar a sociedade, mas não exclusivamente a auto avaliação e discernimento
humano. É possível crer, ademais, que a justiça não é o direito, nem que Deus seja
a religião ou que o político seja a Política, como se pode refletir nas lições
do pensador mexicano, Vázques. Sempre, (ou não?), o primeiro é sobreposto ao segundo.
Igualmente, exortava
outrora, Jean-Paul Sartre, francês de mente explorável: “estamos condenados a
ser livres”. Ora, de que lhe valeria a liberdade se não pudesse pensar os
riscos de conhecê-la e, assim, desfrutá-la irrevogavelmente?! Já não nos basta
os medos naturais ao homem, deveras incontestáveis, ainda termos que nos
submeter a determinados medos estruturais de uma sociedade presa a grupos
fechados ou a oligarquias?
Também me flagro pensando em
meus ancestrais que, vivendo no cerne do coronelismo, conheceram sua liberdade.
Esses, obrigados a determinadas ações, mantiveram-se fiéis a suas convicções. Aqueles
meus bons primos de séculos passados escravizados por tiranos e injustiçados na
vida, sob proteção do direito da época. O que dizer, então, do medievalismo na
vida de quem pensou diferente? Quantos e quantos colegas, não tive eu, queimado
e mandado direto pro inferno por terem vivido sua liberdade?
Agora, sem titubear, o que mais me intriga na
história é aquela crucificação daquele meu irmão e amigo, homem-Deus, Jesus
Cristo. Quanta injustiça... Tanta, tanta, que nos serve de exemplo até hoje
seus ensinamentos, entre eles, o de defender o oprimido e não aceitar o
opressor.
Penso, penso, penso... Nada
concluo, volto a pensar... (...) (...) (...).
Aqueles meus ancestrais do
coronelismo, meus bons primos escravizados, meus colegas do medievalismo, meu
irmão Cristo e outros tantos, tiveram algo em comum: travaram guerras
ideológicas e filosóficas visivelmente acentuadas com o sistema dominante em
suas respectivas épocas, em suas respectivas comunidades... Quantas
coincidências com muitos outros hoje!
Nesse ambiente de liberdades,
reflexão-ação, sociabilidades, enfim, somos convidados a nos harmonizamos com
normas e regras que nos garantam o “Contrato Social” para não cairmos naquele
tenebroso “Estado de Guerra”. Portanto, em decorrência dessa harmonia que tenho
com o judiciário brasileiro, embora seja, também, fiel a minhas convicções,
parece-me sadio o princípio do contraditório. E, aos jovens, Ana Clara do Rego
Mesquita, Bruno de Paiva Rego Dantas e Heloisa Maria Nunes Rego, retrato-me de
uma ação minha retrógrada, postada neste veículo comunicativo, denominada “A Família
Real”. Além da retratação, meu reconhecimento de que vocês não são “A Família
Real”.
Fraternalmente,
Rillen Rocha
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