sexta-feira, 2 de julho de 2010

Dunga: “O nervosismo veio pela virada”

O técnico da seleção brasileira afirma que o time perdeu a partida para a Holanda "no detalhe" e diz que a "responsabilidade é de todos" 

Após a derrota do Brasil, por 2 a 1, para a Holanda, o técnico da seleção brasileira, Dunga, afirmou que o nervosismo tomou conta do time com a virada. “Ninguém prepara um time para perder, sempre tem que tentar motivar os atletas.”

O Brasil foi eliminado nas quartas de final pela segunda Copa consecutiva. Na Alemanha, em 2006, a derrota foi contra a França, por 1 a 0.

O Brasil começou ganhando o jogo com um gol de Robinho, após um belo passe de Felipe Melo, aos 10 minutos do primeiro tempo. No segundo tempo, os holandeses entraram melhor e empataram aos oito minutos, em uma falha da defesa brasileira. Júlio César e Felipe Melo trombaram, após um cruzamento de Sneijder. Aos 22, veio o gol da virada. Em cobrança de escanteio, Kuyt desviou no primeiro pau, e Sneijder, sozinho, marcou o segundo.

“Sem dúvida, todos estamos muito tristes. Trabalhamos para ter um resultado diferente. Sabíamos que ia ser um jogo difícil”, afirmou Dunga na entrevista coletiva logo após o fim da partida.

Kaká e Dunga disseram que a eliminação aconteceu por erros “no detalhe”. “Não conseguimos manter a mesma concentração. Sabemos que o futebol é um jogo de 90 minutos e que a copa é decidida em detalhes. Infelizmente não conseguimos o resultado desejado, que era o título”, afirmou Dunga.

Sobre a expulsão de Felipe Melo, que pisou em Robben, aos 27 minutos do segundo tempo, Dunga disse que, no intervalo, o time comentou que o juiz estava sendo bastante pressionado. “Tive que trocar o Michel porque ele levou um cartão em um lance que nem falta foi. Mas só quem está dentro de campo é que pode ter uma noção melhor.” Felipe Melo afirmou que não agrediu o holandês.

Dunga disse que a responsabilidade da derrota não pode ser colocada somente sobre a expulsão: “Como comandante, não posso falar apenas do Felipe Melo. A culpa é de todos nós”.

O técnico afirmou ficou difícil fazer substituições com um jogador a menos. Quando o Brasil tentava chegar ao empate, o atacante Luís Fabiano foi substituído pelo também atacante Nilmar. “Com um a menos fica difícil fazer outra substituição [a terceira]. Trocar um jogador faltando 5 ou 10 minutos não adianta muito.” 

Fonte: Revista Época 

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