segunda-feira, 27 de maio de 2013

Geração de emprego no RN é a pior do primeiro quadrimestre em quatro anos

De janeiro a abril, setor de Comércio e Serviços teve pior desempenho desde 2009, quando a crise econômica mundial o levou a abrir apenas 432 vagas no período.

As previsões do presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado, Marcelo Queiroz, se confirmaram. Os números do mercado formal de trabalho no Rio Grande do Norte, divulgados nesta terça-feira, 21, pelo Ministério do Trabalho e Emprego mostraram que o ano de 2013 teve o pior primeiro quadrimestre dos últimos quatro anos.

No balanço entre admissões e demissões entre janeiro e abril, o setor representado pela Fecomércio registra saldo positivo de 1.453 vagas, um resultado muito aquém dos números registrados no mesmo período dos anos de 2012 (3.851), 2011 (3.557) e 2010 (3.260). O desempenho só é superior aos 432 novos postos abertos nos primeiros quatro meses de 2009, no auge da crise econômica internacional.

O resultado pífio do setor no primeiro quadrimestre foi puxado sobretudo pelo segmento de Comércio, que registrou queda de 556 empregos no período, contra um saldo positivo de 2.009 vagas emplacado pelo segmento de Serviços, este puxado sobretudo pelas atividades de Ensino e de Corretagem e Administração de Imóveis.

O presidente da Fecomércio explica que alguns fatores contribuíram para este quadro. Ele cita, antes de mais nada, uma questão local.  “Há alguns meses vimos chamando a atenção para o péssimo momento vivido pelo nosso turismo. Nossa média de ocupação hoteleira, que vinha oscilando entre 85% e 95% nos últimos três anos neste período, hoje não passa dos 55%. Isto quer dizer que perdemos quase metade dos turistas que nos visitaram em anos anteriores. Isto tem gerado um círculo vicioso extremamente perigoso para nossa economia”, diz Queiroz.


O empresário registra que sem o fluxo de turistas o comércio vende menos e, por consequência, emprega menos. E este impacto negativo se estende por mais de 50 atividades ligadas diretamente ao turismo. Marcelo Queiroz chama a atenção ainda para os problemas de infraestrutura e para a falta de divulgação do nosso destino. “Tudo isto gera um cenário de abandono e de derrocada para o turismo, que tem uma importância historicamente muito grande para a  nossa economia. Começam a surgir problemas como o definhamento da nossa malha aérea. Hoje, Natal, sob este ponto de vista, já é um dos destinos mais caros e com voos mais longos e desgastantes do Brasil. São coisas que afastam os turistas”, lamenta.

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