De janeiro a abril, setor de Comércio e
Serviços teve pior desempenho desde 2009, quando a crise econômica mundial o
levou a abrir apenas 432 vagas no período.
As previsões do presidente da Federação do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado, Marcelo Queiroz, se
confirmaram. Os números do mercado formal de trabalho no Rio Grande do Norte,
divulgados nesta terça-feira, 21, pelo Ministério do Trabalho e Emprego
mostraram que o ano de 2013 teve o pior primeiro quadrimestre dos últimos
quatro anos.
No balanço entre admissões e demissões entre
janeiro e abril, o setor representado pela Fecomércio registra saldo positivo
de 1.453 vagas, um resultado muito aquém dos números registrados no mesmo
período dos anos de 2012 (3.851), 2011 (3.557) e 2010 (3.260). O desempenho só
é superior aos 432 novos postos abertos nos primeiros quatro meses de 2009, no
auge da crise econômica internacional.
O resultado pífio do setor no primeiro
quadrimestre foi puxado sobretudo pelo segmento de Comércio, que registrou
queda de 556 empregos no período, contra um saldo positivo de 2.009 vagas
emplacado pelo segmento de Serviços, este puxado sobretudo pelas atividades de
Ensino e de Corretagem e Administração de Imóveis.
O presidente da Fecomércio explica que alguns
fatores contribuíram para este quadro. Ele cita, antes de mais nada, uma
questão local. “Há alguns meses vimos
chamando a atenção para o péssimo momento vivido pelo nosso turismo. Nossa
média de ocupação hoteleira, que vinha oscilando entre 85% e 95% nos últimos
três anos neste período, hoje não passa dos 55%. Isto quer dizer que perdemos
quase metade dos turistas que nos visitaram em anos anteriores. Isto tem gerado
um círculo vicioso extremamente perigoso para nossa economia”, diz Queiroz.
O empresário registra que sem o fluxo de
turistas o comércio vende menos e, por consequência, emprega menos. E este
impacto negativo se estende por mais de 50 atividades ligadas diretamente ao
turismo. Marcelo Queiroz chama a atenção ainda para os problemas de
infraestrutura e para a falta de divulgação do nosso destino. “Tudo isto gera
um cenário de abandono e de derrocada para o turismo, que tem uma importância
historicamente muito grande para a nossa
economia. Começam a surgir problemas como o definhamento da nossa malha aérea.
Hoje, Natal, sob este ponto de vista, já é um dos destinos mais caros e com
voos mais longos e desgastantes do Brasil. São coisas que afastam os turistas”,
lamenta.
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