terça-feira, 19 de outubro de 2010

País cria 2,2 milhões de empregos no ano e renova recorde

O volume de vagas de trabalho geradas com carteira assinada de janeiro a setembro é recorde para o período. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira, 19, pelo Ministério do Trabalho, o total de vagas geradas no período foi de 2.201.406. 'Já nem falo mais em recorde, já estamos vendo isso há algum tempo e estamos acostumados', minimizou o ministro Carlos Lupi.

Os melhores nove meses, segundo dados do Caged na criação de empregos até então foram registrados em 2008. Naquele ano, foram gerados de janeiro a setembro, 2,086 milhões de postos de trabalho.

A meta de Lupi para o ano é a criação de 2,5 milhões de postos de trabalho. Para isso, faltam 298.594 empregos. 'Mantenho a meta porque o resultado de setembro sofreu efeito de sazonalidade. Vamos ter crescimento forte em dois meses, mas queda em dezembro', previu o ministro, lembrando que este é o desenho do indicador. No mês passado, foram gerados 246.875 postos.

Ao contrário do previsto, dado de setembro não bateu recorde

O saldo líquido de empregos criados com carteira assinada no Brasil em setembro foi positivo em 246.875 vagas. Em setembro do ano passado, foram criados 252 mil postos de trabalho formais. O maior volume da série histórica para o mês, no entanto, ainda é o de setembro de 2008, quando houve contratações líquidas de 282.841. Em agosto de 2010, o Ministério registrou 299 mil novas vagas de emprego.

O mês de setembro registrou, no entanto, o maior número de admissões de trabalhadores com carteira assinada para o período, um total de 1.688.585. No mesmo período, no entanto, o volume de demissões foi o maior para meses de setembro, de 1.441.710.

'Essa rotatividade mostra que o mercado de trabalho está aquecido', avaliou o ministro Carlos Lupi. De acordo com ele, o Ministério prepara um estudo mais abrangente sobre a rotatividade do mercado. 'Vamos fazer um balanço, mas precisamos esperar segundo turno para divulgar. Espero anunciar os dados logo após a eleição', explicou.

Na véspera do Dia do Trabalho, o ministro Carlos Lupi ampliou sua meta de geração de empregos com carteira de 2 milhões para 2,5 milhões em 2010, depois de sucessivos resultados recordes nos meses verificados até aquele momento. Lupi também previa recordes mensais até o mês novembro.

Nordeste supera Sudeste em geração de emprego

O Nordeste ultrapassou o Sudeste e criou, em setembro, o maior volume de vagas de trabalho com carteira assinada de sua história. No mês foram registrados 105.897 postos de trabalho.

O resultado positivo do Nordeste foi influenciado por recorde de contratações em dois Estados e o segundo lugar no volume de geração de emprego em outros três.

No mês passado, a região Sudeste gerou 86.220 empregos formais. O Sul do País foi responsável por 37.881 postos líquidos. O Norte obteve o segundo melhor saldo para o mês ao criar 11.300 vagas. Já a região Centro-Oeste registrou 5.568 novas contratações.

Dado dessazonalizado

Cálculos realizados pelo Banco Fator mostraram que o saldo líquido de postos formais de trabalho criados no Brasil passou de 189 mil, em agosto, para 154 mil em setembro, em termos dessazonalizados. As contas da equipe de analistas da instituição, liderada pelo economista-chefe, José Francisco de Lima Gonçalves, foram feitas após o Ministério do Trabalho e Emprego anunciar nesta terça-feira que o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do mês passado.

Números dessazonalizados do Caged costumam ser calculados pelas instituições do mercado financeiro, podendo alcançar níveis diferentes, dependendo da conta de cada economista. No caso do Banco Fator, a equipe de analistas informou que utilizou o programa Arima X-12.

Segundo o Banco Fator, o nível dessazonalizado voltou à trajetória de queda, iniciada em abril de 2010 e interrompida apenas em agosto. 'O indicador do Caged mostra que a economia voltou a desacelerar e que o forte dado de agosto parece ter sido mais um outlier (ponto fora da curva) do que um indicador de mudança de tendência', comentaram os analistas do banco, em breve relatório enviado à imprensa.

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