A
ex-vereadora Izabel Montenegro, presidente da Comissão Provisória do
PMDB, que recentemente deixou o comando da Fundação para a Geração de
Emprego e Renda (Funger), disse que o deputado federal Henrique Alves e o
ministro da Previdência Social, Garibaldi Filho, não ficaram
satisfeitos com a exclusão do PMDB na reforma do primeiro escalão do
governo municipal.
Segundo Izabel, o líder do PMDB e Garibaldi esperavam indicar o substituto dela. "O PMDB esperava que, quando a gente saísse, fosse natural a indicação do substituto. O ministro e Henrique contavam com isso. O deputado ficou bastante aborrecido com isso, e Garibaldi me ligou hoje perguntando se Gustavo (Rosado, chefe de gabinete do Palácio da Resistência) tinha me procurado. Ele também está chateado", revelou a ex-presidente da Funger, que também disse estar bastante chateada com a situação.
A peemedebista lembrou da importância do PMDB para os governos do DEM em nível de Mossoró e Rio Grande do Norte. Sobre a cidade, especificamente, ela citou que nos últimos dias a Prefeitura conseguiu três convênios com a Caixa Econômica Federal através do ministro Garibaldi Filho. "A gente esperava ser consultada porque o PMDB tem uma importância muito grande para o governo", frisou.
Ela disse que o PMDB, incluindo o deputado e o ministro, só considerava indicação do partido à Funger. Para os peemedebistas, o cargo de Alex Moacir na Secretaria de Serviços Urbanos era uma indicação pessoal da prefeita.
Sobre Alex, cotado para ser o vice do DEM por indicação do PMDB, Izabel disse que não é bem assim. "Concordo que o nome deva ser discutido pelo próprio partido", acrescentou.
DESABAFO
Com relação à passagem dela pela direção da Funger, Izabel lamentou a falta de condições de trabalho. "Dos cargos públicos que ocupei, foi o único que saio com o sentimento de dever não cumprido porque não me deram condições de trabalho", lamentou.
Apesar das condições adversas, Izabel declarou que conseguiu bons resultados. "Mesmo assim consegui números positivos, melhores do que a da administração anterior. Fiquei triste porque a gente precisa de mais recursos para qualificação de mão de obra, um dos gargalos de Mossoró", acrescentou.
Ela disse que deixou a Funger com o processo de municipalização da qualificação com recursos do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), que só atende a cidades com mais de 200 mil habitantes. "Mossoró ainda não tem esses recursos, mas tentamos acessar essa verba. Em 2012, não deu, mas deixamos tudo encaminhado", acrescentou.
A ex-presidente da Funger relatou ainda que a Caixa Econômica Federal terá um compartimento na sede da Fundação para fazer empréstimos a juros baixos para pessoas que querem abrir pequenas empresas.
Bruno Barreto
Editor de Política
Editor de Política
Nenhum comentário:
Postar um comentário