Antenor Roberto, presidente estadual do PCdoB, fala sobre saída do partido do Governo do Estado
Antenor informou que o secretário estadual de Assuntos Agrários, Canindé de França, indicado pelo partido, já pediu exoneração. O presidente estadual do PCdoB reforçou que, junto com França, saem todos os outros indicados pela legenda que atuam na gestão de Wilma.
O motivo da entrega dos cargos, de acordo com o presidente da legenda, foi o fato de o partido ter trocado a candidatura governista, encabeçada pelo vice-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB), pela chapa do ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT).
“Conversamos com a governadora e decidimos sair do governo porque não estaremos no palanque de Iberê. Vamos apoiar Carlos Eduardo. Então, seria constrangedor para o vice-governador assumir o governo com a nossa participação se não apoiaremos a candidatura dele. É uma questão de coerência”, justificou Antenor.
Apesar de confirmar que o partido não participará do governo Iberê, o comunista ressaltou que não existe nenhuma rejeição ao nome do pessebista. “O PSB é aliado. Não existe qualquer rompimento. Esperávamos unir toda a base de Lula contra DEM e PSDB, mas, como não foi possível, optamos por Carlos Eduardo. A base tem duas candidaturas. No segundo turno deveremos estar todos juntos”, previu.
Na disputa proporcional, Antenor informou que o PCdoB pretende compor com as legendas que apoiam Carlos Eduardo para a Câmara Federal e sair com uma chapa própria para a Assembleia Legislativa. Para deputado federal, o nome mais forte do partido é o de Canindé de França. Na corrida para deputado estadual, se destacam o vereador de Natal George Câmara e o ex-prefeito de Caicó Roberto Germano.
Sobre as definições do partido para a chapa majoritária, o Antenor Roberto destacou que já é certo o apoio da legenda às candidaturas de Carlos Eduardo para o governo, da ministra Dilma Roussef para a presidência da República, e do jornalista Sávio Hackradt, d próprio PCdoB, para o Senado. Questionado sobre o apoio à candidatura de Wilma ao Senado, Roberto não confirmou adesão à candidatura da pessebista.
“O PCdoB ainda não definiu seu segundo voto para o Senado. Só temos, até agora, Sávio Hackradt. Temos também que esperar para saber quem será o segundo nome da coligação [de apoio à candidatura de Carlos Eduardo] para podermos avaliar essa questão”, declarou o comunista.
Divisão do PMDB
Ao comentar a situação do PMDB do Rio Grande do Norte, que está dividido entre governo e oposição, Antenor Roberto avaliou uma possível composição do PMDB, legenda da base aliada do presidente Lula (PT), com o DEM, principal sigla de oposição, como um constrangimento político para o presidente do partido, deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB).
“Henrique é hoje um dos principais articuladores em prol da aprovação das matérias do governo Lula na Câmara Federal. Ver o partido presidido por ele se aliar ao principal adversário do governo seria muito constrangedor. Mas acredito na força de articulação de Henrique e acho que ele conseguirá unir o PMDB em torno de uma das candidaturas da base de Lula”, concluiu.
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