Pré-candidato ao Senado Federal, Sávio Hackradt (PCdoB) teceu críticas ao senador José Agripino Maia (DEM) e a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) por travarem “queda de braço” com o objetivo de saber quem tem a “ficha limpa” ou “menos suja”. Para o comunista, o democrata e a peessebista medem força numa disputa pessoal e, com isso, propositadamente esquecem os problemas do Rio Grande do Norte.
Hackradt considera que essa é uma maneira de fugir do debater sobre as grandes questões que não foram solucionadas pelos duelistas que já foram governadores. Após lamentar a postura de seus concorrentes, Hackradt expôs algumas ideias e propostas para o desenvolvimento do Estado dentro de uma aliança PCdoB-PDT, com a pré-candidatura de Carlos Eduardo Alves (PDT) para o Governo do RN e a dele para o Senado.
Em seguida, rebateu os que dizem que ele não se elege. “Ninguém pode prever o resultado das eleições”, disse, emendando que o bom da democracia é o confronto das ideias. Hackradt fez ainda comentários sobre o desempenho dos três senadores potiguares, Rosalba Ciarlini (DEM), José Agripino Maia (DEM) e Garibaldi Alves Filho (PMDB). “Por que eles não apresentam projetos para as questões fundamentais do desenvolvimento do RN? Isso tem que ser respondido”, cobrou. Esse e outros assuntos, como a pré-candidatura do PT ao Senado, você confere na entrevista que Sávio Hackradt concedeu ao repórter Túlio Duarte. Acompanhe:
Nominuto.com - Qual é a avaliação que o senhor faz dessa discussão sobre “ficha limpa” travada entre dois dos concorrentes do senhor, José Agripino Maia (DEM) e Wilma de Faria (PSB), na disputa por uma vaga ao Senado?
Sávio Hackradt - Isso é uma vergonha para o Rio Grande do Norte. Dois ex-governadores estarem discutindo quem é mocinho e quem é bandido é uma vergonha. O RN tem problemas sérios para serem discutidos e as lideranças políticas ficam discutindo quem é menos ou mais bandido. Isso é um absurdo. É lamentável que a agenda política do RN tenha chegado a esse patamar de discussão diante de tantos problemas que nós temos.
Nominuto.com - O senhor tem visitado diversas cidades pelo interior. Quais são os anseios da população?
SH - Tenho observado um descrédito geral da população. Seja entre os jovens ou entre os mais velhos, homens ou mulheres, o descrédito é geral. Um dos motivos desse descrédito é justamente esse baixo nível de discussão no RN, diante de situações reais que eles vivem [a população] e não têm respostas para seus problemas. Tenho andado o interior com Carlos Eduardo Alves [pré-candidato ao Governo do RN pelo PDT] e observado que os jovens estão se formando ou já estão formados, mas não encontram emprego no interior do RN. Por que isso acontece? Por que o RN nunca preparou sua educação focada no desenvolvimento de suas potencialidades? Nunca. Não é ao acaso que o RN disputa há anos a rabeira da pior educação do país. Está sempre lá, no finalzinho. È preciso executar um plano de longo, médio e curto prazos para a educação articulada com o mercado de trabalho, de forma que se descubra as potencialidades de cada região e se foque nisso. Não há um único país do mundo que tenha se desenvolvido sem focar sua educação em suas potencialidades. O Brasil precisa fazer isso e o RN muito mais. Se não for assim, não vamos sair desse atraso. O RN vai perdurar por mais 40 ou 50 anos desse jeito.
Sávio Hackradt - Isso é uma vergonha para o Rio Grande do Norte. Dois ex-governadores estarem discutindo quem é mocinho e quem é bandido é uma vergonha. O RN tem problemas sérios para serem discutidos e as lideranças políticas ficam discutindo quem é menos ou mais bandido. Isso é um absurdo. É lamentável que a agenda política do RN tenha chegado a esse patamar de discussão diante de tantos problemas que nós temos.
Nominuto.com - O senhor tem visitado diversas cidades pelo interior. Quais são os anseios da população?
SH - Tenho observado um descrédito geral da população. Seja entre os jovens ou entre os mais velhos, homens ou mulheres, o descrédito é geral. Um dos motivos desse descrédito é justamente esse baixo nível de discussão no RN, diante de situações reais que eles vivem [a população] e não têm respostas para seus problemas. Tenho andado o interior com Carlos Eduardo Alves [pré-candidato ao Governo do RN pelo PDT] e observado que os jovens estão se formando ou já estão formados, mas não encontram emprego no interior do RN. Por que isso acontece? Por que o RN nunca preparou sua educação focada no desenvolvimento de suas potencialidades? Nunca. Não é ao acaso que o RN disputa há anos a rabeira da pior educação do país. Está sempre lá, no finalzinho. È preciso executar um plano de longo, médio e curto prazos para a educação articulada com o mercado de trabalho, de forma que se descubra as potencialidades de cada região e se foque nisso. Não há um único país do mundo que tenha se desenvolvido sem focar sua educação em suas potencialidades. O Brasil precisa fazer isso e o RN muito mais. Se não for assim, não vamos sair desse atraso. O RN vai perdurar por mais 40 ou 50 anos desse jeito.
Nominuto.com – Quais são as potencialidades que o senhor destaca?
SH - Cada região tem sua potencialidade. Mas, por exemplo, todas as regiões no RN têm potencial turístico. Todas, no entanto, não há uma política para o desenvolvimento desse potencial. Falta a qualificação da mão de obras. O RN poderia estar qualificando e empregando milhares de pessoas em todo o Estado. Esse é um mercado crescente e abundante e que podia estar empregando milhares de jovens. Outra questão, nós somos um grande produtor de gás, mas nosso gás vai para os Estados do Ceará, Paraíba e Pernambuco. E o que fica aqui? Por que não ir à Petrobras e propor que se ramifique o gás pelo Estado? As regiões do Seridó e do Vale do Açu, de produção cerâmica, podiam ser beneficiadas. É preciso consultar a Petrobras sobre isso, afinal, o gás é de solo potiguar. Por que não trabalhar nesse sentido? Outra questão, a malha ferroviária do RN podia ser expandida para se ligar a Trasnordestina, já que o RN ficou de fora da Transnordestina. Essas são questão que precisam ser respondidas.
Nominuto.com – Essas são as questões que o senhor pretende levar para o debate eleitoral?
SH - Eu e Carlos Eduardo Alves (PDT) estamos estudando e nos preparando com técnicos. Já há uma equipe de técnicos das universidades estudando as principais temáticas do desenvolvimento do RN. Aliás, na próxima terça-feira (27), haverá uma reunião com a equipe de professores para nos aprofundarmos nisso e levarmos esses temas para a discussão com a sociedade.
Nominuto.com - É a elaboração de um plano de governo?
SH - É a elaboração de um plano de governo. A maior preocupação de Carlos Eduardo é com o plano de governo e não com essa discussão política medíocre e estéril, que só atrasa o RN [referência a discussão sobre “ficha limpa”]. Em vez de se preocupar com as questões do RN, a política se envolve nessa questão policial de quem tem a “ficha limpa” ou “suja”. Ora, o cidadão de bem é obrigado a ter “ficha limpa”. Não é só o político, todo cidadão de bem tem que ter a “ficha limpa”.
Nominuto.com – Mas o senhor não acha que a população se interessa por essa discussão sobre “ficha limpa”?
SH - A população se interessa e deve cobrar isso. A população deve se informar e votar em quem tem “ficha limpa”. A população deve exigir dos políticos que tenham a “ficha limpa”. Agora, os políticos [senador José Agripino Maia – DEM – e ex-governadora Wilma de Faria - PSB] é que não podem desvirtuar os problemas do RN. Eles são os responsáveis por, nos últimos 40 anos, não terem resolvido os problemas do RN. E agora vem querer desviar os problemas para a discussão de quem tem “mãos limpas” e de quem tem “mãos sujas”. É reduzir os grandes problemas do Estado a uma disputa pessoal. Isso é um absurdo. Isso é o atraso da política. É isso que atrasa o RN há mais de 40 anos. Há anos o RN vem nessa batidazinha medíocre e os seus problemas são esquecidos pela elite política do Estado. Isso descaracteriza a política. Estou impressionado com algumas reações da população, inclusive comigo. Parece que todo mundo entra nesse “balaio de gato”, que todo mundo é igual. Um dia desses estava andando aqui em Natal, me encontrei com um amigo que me apresentou a uma pessoa como um pré-candidato ao Senado. O cara olhou na minha cara e disse: ‘você vai roubar igual aos outros’. O cara disse isso na minha frente, assim sem cerimônia. Tomei um susto e demorei uns 30 segundos para me recuperar. Em seguida perguntei: amigo você nem me conhece, como você diz uma coisa dessas? Como você se sentiria se você fosse apresentado a mim e eu dissesse o que você acabou de me dizer, que você é igual aos outros e que vai roubar? Ele deu uma parada e disse: ‘desculpe, disse isso porque a política está tão desmoralizada que estou indignado’. Disse a ele que a indignação dele é a minha indignação. Ou nós partimos para mudar isso ou vamos deixar como estar. Se não há mais esperança, então, vamos deixar tudo igual. Mas se há esperança, nós podemos mudar isso. Podemos ou não podemos? O cara olhou para mim e disse ‘podemos mudar’. Estou contando essa história, mas já ouvi dezenas de histórias parecidas. A pessoa nem me conhece e já vem me comparando com os outros.
Nominuto.com – Qual avaliação o senhor faz do desempenho dos senadores Garibaldi Alves Filho (PMDB), José Agripino Maia (DEM) e Rosalba Ciarlini (DEM)?
SH - Cabe ao povo avaliar. Como sou concorrente, prefiro não fazer avaliação. O que posso dizer é que a ONG Transparência Brasil publicou recentemente um trabalho que mostra que a bancada do RN no Senado é a menos produtiva do Brasil. Em termos de projetos importantes para o Brasil, segundo a ONG, a bancada potiguar tirou zero. Ora, dizer que senador A ou B preside essa ou aquela comissão não é mérito. Isso é resultante de acordos políticos. Relatar um projeto de Lei ou uma PEC [Proposta de Emenda Constitucional] também não é mérito. Isso faz parte de acordos intra e inter partidários. É obrigação de todo senador. Ele é senador e tem que, no mínimo, relatar um projeto de Lei ou uma PEC. Isso é o mínimo. Agora, por que eles não apresentam projetos para as questões fundamentais do desenvolvimento do RN? Isso tem que ser respondido. Estou falando em cima de fatos. Cabe ao povo avaliar, dizer se quer continuar ou votar em outros candidatos.
SH - Cada região tem sua potencialidade. Mas, por exemplo, todas as regiões no RN têm potencial turístico. Todas, no entanto, não há uma política para o desenvolvimento desse potencial. Falta a qualificação da mão de obras. O RN poderia estar qualificando e empregando milhares de pessoas em todo o Estado. Esse é um mercado crescente e abundante e que podia estar empregando milhares de jovens. Outra questão, nós somos um grande produtor de gás, mas nosso gás vai para os Estados do Ceará, Paraíba e Pernambuco. E o que fica aqui? Por que não ir à Petrobras e propor que se ramifique o gás pelo Estado? As regiões do Seridó e do Vale do Açu, de produção cerâmica, podiam ser beneficiadas. É preciso consultar a Petrobras sobre isso, afinal, o gás é de solo potiguar. Por que não trabalhar nesse sentido? Outra questão, a malha ferroviária do RN podia ser expandida para se ligar a Trasnordestina, já que o RN ficou de fora da Transnordestina. Essas são questão que precisam ser respondidas.
Nominuto.com – Essas são as questões que o senhor pretende levar para o debate eleitoral?
SH - Eu e Carlos Eduardo Alves (PDT) estamos estudando e nos preparando com técnicos. Já há uma equipe de técnicos das universidades estudando as principais temáticas do desenvolvimento do RN. Aliás, na próxima terça-feira (27), haverá uma reunião com a equipe de professores para nos aprofundarmos nisso e levarmos esses temas para a discussão com a sociedade.
Nominuto.com - É a elaboração de um plano de governo?
SH - É a elaboração de um plano de governo. A maior preocupação de Carlos Eduardo é com o plano de governo e não com essa discussão política medíocre e estéril, que só atrasa o RN [referência a discussão sobre “ficha limpa”]. Em vez de se preocupar com as questões do RN, a política se envolve nessa questão policial de quem tem a “ficha limpa” ou “suja”. Ora, o cidadão de bem é obrigado a ter “ficha limpa”. Não é só o político, todo cidadão de bem tem que ter a “ficha limpa”.
SH - A população se interessa e deve cobrar isso. A população deve se informar e votar em quem tem “ficha limpa”. A população deve exigir dos políticos que tenham a “ficha limpa”. Agora, os políticos [senador José Agripino Maia – DEM – e ex-governadora Wilma de Faria - PSB] é que não podem desvirtuar os problemas do RN. Eles são os responsáveis por, nos últimos 40 anos, não terem resolvido os problemas do RN. E agora vem querer desviar os problemas para a discussão de quem tem “mãos limpas” e de quem tem “mãos sujas”. É reduzir os grandes problemas do Estado a uma disputa pessoal. Isso é um absurdo. Isso é o atraso da política. É isso que atrasa o RN há mais de 40 anos. Há anos o RN vem nessa batidazinha medíocre e os seus problemas são esquecidos pela elite política do Estado. Isso descaracteriza a política. Estou impressionado com algumas reações da população, inclusive comigo. Parece que todo mundo entra nesse “balaio de gato”, que todo mundo é igual. Um dia desses estava andando aqui em Natal, me encontrei com um amigo que me apresentou a uma pessoa como um pré-candidato ao Senado. O cara olhou na minha cara e disse: ‘você vai roubar igual aos outros’. O cara disse isso na minha frente, assim sem cerimônia. Tomei um susto e demorei uns 30 segundos para me recuperar. Em seguida perguntei: amigo você nem me conhece, como você diz uma coisa dessas? Como você se sentiria se você fosse apresentado a mim e eu dissesse o que você acabou de me dizer, que você é igual aos outros e que vai roubar? Ele deu uma parada e disse: ‘desculpe, disse isso porque a política está tão desmoralizada que estou indignado’. Disse a ele que a indignação dele é a minha indignação. Ou nós partimos para mudar isso ou vamos deixar como estar. Se não há mais esperança, então, vamos deixar tudo igual. Mas se há esperança, nós podemos mudar isso. Podemos ou não podemos? O cara olhou para mim e disse ‘podemos mudar’. Estou contando essa história, mas já ouvi dezenas de histórias parecidas. A pessoa nem me conhece e já vem me comparando com os outros.
Nominuto.com - Para os que afirmam que Sávio Hackradt não se elege, o que o senhor tem a dizer?
SH - Ninguém pode prever o resultado das eleições. Diga-me uma coisa, há uma lei dos homens ou divida que diga que só podemos votar em Wilma de Faria (PSB), Garibaldi Alves Filho (PMDB) e José Agripino Maia (DEM)? Só eles podem ser eleitos? Quem foi que disse isso? O cidadão é escravo? A escravidão já acabou há muito tempo no Brasil. Eles [Wilma, Garibaldi e Agripino] não são donos da consciência do povo. Quem foi que disse que perderia a eleição? Quem é que pode antecipar o resultado? Tem alguma mãe Dinah? A eleição nem começou. O bom da democracia é a possibilidade de atritos, mudanças, confronto de ideias e propostas. Isso é o bom da democracia. Estamos candidatos porque acreditamos que é possível mudar. Se nós não acreditássemos, não estávamos nem aí. Então, não aceitamos essa história de que só se pode votar neles. Por quê?
Nominuto.com – O que o senhor pretende realizar caso seja eleito para o Senado, dentro da aliança PCdoB-PDT?
SH - Essa aliança PCdoB-PDT já está definida, com a candidatura de Carlos Eduardo Alves (PDT) para o Governo do RN e a minha para senador. Estivemos recentemente em Brasília, onde participamos do apoio à candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff (PT) para presidente. Conversamos com ela, que incentivou nossa candidatura. Dilma disse que, se eleita presidente, vai precisar de nossa ajuda no Senado. Sobre o que pretendo realizar, é preciso discutir sobre o papel do senador. Qual é o papel do senador? A verdade é que a maioria das pessoas sequer sabe a diferença entre o Senado e a Câmara Federal. O Senado representa a federação, por isso todos os Estados têm o mesmo número de senadores [três], para manter o equilíbrio federativo. Essa é a discussão que quero travar nessa eleição. O Senado tem se colocar no patamar de uma instituição capaz de interferir nas grandes questões nacionais do desenvolvimento econômico, político, social, nas questões internacionais. Hoje o Brasil saiu do patamar de país pequeno e está inserido nas grandes mesas de negociações do Mundo. Os senadores são auxiliares privilegiados nessas discussões. Um senador não deve ser um mero apresentador de emendas para construir alguns quilômetros de estradas ou umas duas salas de aula. O senador deve ser muito mais do que isso.
SH - Ninguém pode prever o resultado das eleições. Diga-me uma coisa, há uma lei dos homens ou divida que diga que só podemos votar em Wilma de Faria (PSB), Garibaldi Alves Filho (PMDB) e José Agripino Maia (DEM)? Só eles podem ser eleitos? Quem foi que disse isso? O cidadão é escravo? A escravidão já acabou há muito tempo no Brasil. Eles [Wilma, Garibaldi e Agripino] não são donos da consciência do povo. Quem foi que disse que perderia a eleição? Quem é que pode antecipar o resultado? Tem alguma mãe Dinah? A eleição nem começou. O bom da democracia é a possibilidade de atritos, mudanças, confronto de ideias e propostas. Isso é o bom da democracia. Estamos candidatos porque acreditamos que é possível mudar. Se nós não acreditássemos, não estávamos nem aí. Então, não aceitamos essa história de que só se pode votar neles. Por quê?
Nominuto.com – O que o senhor pretende realizar caso seja eleito para o Senado, dentro da aliança PCdoB-PDT?
SH - Essa aliança PCdoB-PDT já está definida, com a candidatura de Carlos Eduardo Alves (PDT) para o Governo do RN e a minha para senador. Estivemos recentemente em Brasília, onde participamos do apoio à candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff (PT) para presidente. Conversamos com ela, que incentivou nossa candidatura. Dilma disse que, se eleita presidente, vai precisar de nossa ajuda no Senado. Sobre o que pretendo realizar, é preciso discutir sobre o papel do senador. Qual é o papel do senador? A verdade é que a maioria das pessoas sequer sabe a diferença entre o Senado e a Câmara Federal. O Senado representa a federação, por isso todos os Estados têm o mesmo número de senadores [três], para manter o equilíbrio federativo. Essa é a discussão que quero travar nessa eleição. O Senado tem se colocar no patamar de uma instituição capaz de interferir nas grandes questões nacionais do desenvolvimento econômico, político, social, nas questões internacionais. Hoje o Brasil saiu do patamar de país pequeno e está inserido nas grandes mesas de negociações do Mundo. Os senadores são auxiliares privilegiados nessas discussões. Um senador não deve ser um mero apresentador de emendas para construir alguns quilômetros de estradas ou umas duas salas de aula. O senador deve ser muito mais do que isso.
Nominuto.com – Qual avaliação o senhor faz do desempenho dos senadores Garibaldi Alves Filho (PMDB), José Agripino Maia (DEM) e Rosalba Ciarlini (DEM)?
SH - Cabe ao povo avaliar. Como sou concorrente, prefiro não fazer avaliação. O que posso dizer é que a ONG Transparência Brasil publicou recentemente um trabalho que mostra que a bancada do RN no Senado é a menos produtiva do Brasil. Em termos de projetos importantes para o Brasil, segundo a ONG, a bancada potiguar tirou zero. Ora, dizer que senador A ou B preside essa ou aquela comissão não é mérito. Isso é resultante de acordos políticos. Relatar um projeto de Lei ou uma PEC [Proposta de Emenda Constitucional] também não é mérito. Isso faz parte de acordos intra e inter partidários. É obrigação de todo senador. Ele é senador e tem que, no mínimo, relatar um projeto de Lei ou uma PEC. Isso é o mínimo. Agora, por que eles não apresentam projetos para as questões fundamentais do desenvolvimento do RN? Isso tem que ser respondido. Estou falando em cima de fatos. Cabe ao povo avaliar, dizer se quer continuar ou votar em outros candidatos.
Nominuto.com – Até o dia 16 de maio, o Partido dos Trabalhadores (PT) define um nome para disputar uma das vagas para o Senado. Essa candidatura do PT casada com a candidatura da ex-governadora Wilma de Faria (PSB) retira votos do senhor?
SH - O PT tem todo direito de lançar candidato, assim como o PCdoB já vez ao lançar minha pré-candidatura. Vejo com naturalidade. Só lamento o PT não estar ao nosso lado, pois o PT sempre foi um parceiro histórico. A justeza dessas posições do PCdoB e do PT quem vai revelar é a história, só o tempo é que vai julgar isso. Acredito que a gente [de esquerda] tenha condições de eleger um senador. A nossa candidatura é construída a favor do RN e não contra A ou B. Espero ter o voto de todos os petistas do RN.
Nominuto.com – Os políticos ainda estão restritos as rodas de negociações e distantes do povo?
SH - Ao invés de discutir os problemas dos cidadãos, as lideranças políticas estão preocupadas com essa discussão estéril de quem tem mão limpa ou não. Se eles se esquecem do cidadão, este também se afasta da política. Como no Brasil nós somos obrigados a votar por Lei, lá na frente o eleitor vai se conectar nessa discussão. Espero que mais adiante os candidatos estejam discutindo com a sociedade e buscando soluções para os grandes temas do RN.
SH - O PT tem todo direito de lançar candidato, assim como o PCdoB já vez ao lançar minha pré-candidatura. Vejo com naturalidade. Só lamento o PT não estar ao nosso lado, pois o PT sempre foi um parceiro histórico. A justeza dessas posições do PCdoB e do PT quem vai revelar é a história, só o tempo é que vai julgar isso. Acredito que a gente [de esquerda] tenha condições de eleger um senador. A nossa candidatura é construída a favor do RN e não contra A ou B. Espero ter o voto de todos os petistas do RN.
Nominuto.com – Os políticos ainda estão restritos as rodas de negociações e distantes do povo?
SH - Ao invés de discutir os problemas dos cidadãos, as lideranças políticas estão preocupadas com essa discussão estéril de quem tem mão limpa ou não. Se eles se esquecem do cidadão, este também se afasta da política. Como no Brasil nós somos obrigados a votar por Lei, lá na frente o eleitor vai se conectar nessa discussão. Espero que mais adiante os candidatos estejam discutindo com a sociedade e buscando soluções para os grandes temas do RN.
http://www.nominuto.com/noticias/politica/savio-hackradt-critica-duelo-entre-agripino-e-wilma-sobre-ficha-limpa/51589/
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