“O PSD já nasceu forte”, disseram os seus principais fundadores no RN: vice-governador Robinson Faria, o deputado federal Fabio Faria e o Presidente da Assembléia Ricardo Motta.
Ok. Um início com maioria na bancada de deputados estaduais, 50 prefeitos – em um universo de 167 –, um deputado federal e o vice-governador não é para ser subestimado.
Falam até que a Rosa, como chamam os seus bajuladores, estaria preparando o terreno para liderar o partido. Não sei se é verdade ou pura especulação. Agora, se eu tivesse de apostar todas as minhas fichas, embarcaria na tese de que Rosalba não aguenta muito tempo embaixo da asa de José Agripino e do seu grupo. Num país em que o governo federal fica com 55% da bolada, fazer oposição – e o senador do DEM-RN é a expressão dela – direta é suicídio. Ainda que o PT fale pomposamente em “relações republicanas” com os governadores que não fazem parte da base, o que vale é que no Brasil todo ato de oposição costuma ser encarado como “afronta” e caracterizado como uma atitude “antipatriótica”. É o PSDB-DEM provando do próprio veneno. Cansaram de enquadrar o PT nestes termos quando este último não era situação. Além disso, porque a ex-prefeita de Mossoró será comandada se ela pode distribuir as cartas e ditar as regras do jogo?!
Por outro lado, é preciso se perguntar sobre outra força que não passa, necessariamente, pela lógica dos cargos e da quantidade. Que ideologia terá este partido no RN? Qual é o projeto de melhoria para a nossa sociedade? Política não se resume a relações de combate. Ela pode e deve expressar a busca por um futuro melhor. “Não existe salvação para a humanidade fora da política”, sentenciou a filósofa Hanah Arendt. Neste quesito parece faltar musculatura para o novo partido.
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