Milhares de marroquinos saíram neste domingo (20) às ruas da capital do Marrocos, Rabat, e da maior cidade do país, Casablanca, para exigir reformas democráticas que incluem uma mudança da constituição e a dissolução do Governo e do Parlamento.
Eles pedem que o rei Mohammed ceda parte de seus poderes e exigem uma nova Constituição para o país.
Cerca de quatro mil pessoas se concentraram na praça Bab Alhad de Rabat, e cerca de dois mil manifestantes se reuniram no centro de Casablanca, em uma jornada marcada por fortes chuvas e tempo ruim.
Como pôde comprovar a Agência Efe, após o início das manifestações às 10h local (7h de Brasília), mais pessoas foram se incorporando às duas concentrações, nas quais não deixaram de gritar palavras de ordem contra a corrupção e exigiram mais liberdade.
As forças de segurança se mantêm em um discreto segundo plano, mas a presença é notável nas principais ruas de ambas as cidades.
Protegido por seu guarda-chuva, como a maioria dos presentes na praça Bab Alhad, Mohammed Haghcham, desempregado, protestava contra os atuais governantes e os conselheiros do rei Mohammed VI.
"Os colegas do rei não servem para governar o país, porque são crianças", disse à Efe Haghcham, que também se mostrou otimista sobre a chegada dos protestos ao Marrocos.
O rei Mohammed é membro da dinastia Alaouite, que governa o Marrocos há cerca de 350 anos. A família real diz ser descendente direta do profeta Maomé.
Protesto foi organizado pela internet
A primeira manifestação nas principais cidades do Marrocos, após a explosão das revoltas nos países árabes, foi batizada como Dia da Dignidade.
Enquanto partidos políticos e meios de comunicação lançam a mensagem praticamente unânime de que o caso marroquino é diferente dos demais países árabes, os jovens que convocaram os protestos através do Facebook - o Movimento 20 de Fevereiro - insistem em que seu país necessita de "uma Constituição democrática".
Até hoje, a internet foi o principal campo de batalha entre os partidários de uma profunda reforma constitucional, que defendem uma monarquia executiva, como a atual, ao mesmo tempo que alertam para os riscos da instabilidade.
As sabotagens nos grupos do Facebook foram frequentes até o último momento, como denunciou Osama el Jlifi, criador de uma das páginas que chamam a população para a mobilização.
O Marrocos reconheceu o direito às manifestações, sobretudo as sociais, mas semeou dúvidas sobre os indivíduos que convocaram os protestos, principalmente depois que o ilegalizado movimento islamita Al Adl wal Ihsan (Justiça e Caridade) anunciou que vai participar delas.
Eles pedem que o rei Mohammed ceda parte de seus poderes e exigem uma nova Constituição para o país.
Cerca de quatro mil pessoas se concentraram na praça Bab Alhad de Rabat, e cerca de dois mil manifestantes se reuniram no centro de Casablanca, em uma jornada marcada por fortes chuvas e tempo ruim.
Como pôde comprovar a Agência Efe, após o início das manifestações às 10h local (7h de Brasília), mais pessoas foram se incorporando às duas concentrações, nas quais não deixaram de gritar palavras de ordem contra a corrupção e exigiram mais liberdade.
As forças de segurança se mantêm em um discreto segundo plano, mas a presença é notável nas principais ruas de ambas as cidades.
Protegido por seu guarda-chuva, como a maioria dos presentes na praça Bab Alhad, Mohammed Haghcham, desempregado, protestava contra os atuais governantes e os conselheiros do rei Mohammed VI.
"Os colegas do rei não servem para governar o país, porque são crianças", disse à Efe Haghcham, que também se mostrou otimista sobre a chegada dos protestos ao Marrocos.
O rei Mohammed é membro da dinastia Alaouite, que governa o Marrocos há cerca de 350 anos. A família real diz ser descendente direta do profeta Maomé.
Protesto foi organizado pela internet
A primeira manifestação nas principais cidades do Marrocos, após a explosão das revoltas nos países árabes, foi batizada como Dia da Dignidade.
Enquanto partidos políticos e meios de comunicação lançam a mensagem praticamente unânime de que o caso marroquino é diferente dos demais países árabes, os jovens que convocaram os protestos através do Facebook - o Movimento 20 de Fevereiro - insistem em que seu país necessita de "uma Constituição democrática".
Até hoje, a internet foi o principal campo de batalha entre os partidários de uma profunda reforma constitucional, que defendem uma monarquia executiva, como a atual, ao mesmo tempo que alertam para os riscos da instabilidade.
As sabotagens nos grupos do Facebook foram frequentes até o último momento, como denunciou Osama el Jlifi, criador de uma das páginas que chamam a população para a mobilização.
O Marrocos reconheceu o direito às manifestações, sobretudo as sociais, mas semeou dúvidas sobre os indivíduos que convocaram os protestos, principalmente depois que o ilegalizado movimento islamita Al Adl wal Ihsan (Justiça e Caridade) anunciou que vai participar delas.
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