O jornalista Felipe Patury, da revista Época, mantém um quadro denominado Entrevista com o Candidato, em que aborda temas políticos e administrativos com candidatos majoritários. O entrevistado da semana foi o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves.
Confira a íntegra da entrevista.
ENTREVISTA COM O CANDIDATO: Carlos Eduardo Alves (PDT)
O pedetista Carlos Eduardo Alves foi o último ocupante do Palácio do Camarão antes da atual prefeita de Natal, Micarla de Souza (PV). Terceiro colocado na última eleição para governador, ele lidera com folga as pesquisas de intenção de voto para a disputa da capital, e pretende usar esse recall fazer uma ponte entre potiguares e governo federal, já que a oposição detém todos os cargos mais importantes no estado. “Enquanto no nordeste o Governo Federal ganha de ponta a ponta, o Rio Grande do Norte tem sido uma ilha. Quero tirar nosso estado da contramão”, afirmou, em entrevista ao repórter Marcelo Osakabe.
A oposição conseguirá se unir esse ano?
É o nosso desejo, até para tentar mudar a história do estado. Enquanto no nordeste o Governo Federal ganha de ponta a ponta, o Rio Grande do Norte tem sido uma ilha. Perdemos tudo em 2008 e 2010, arrasadoramente. A oposição fez barba, cabelo e bigode. Agora, temos a possibilidade de mudar essa história. Tenho uma média de 44% de intenção de voto, enquanto a governadora Rosalba Cialini (DEM) está com 17%. Quero tirar nosso estado da contramão.
Como andam as alianças?
Estamos começando essa articulação, o quadro deve se definir a partir de abril. Temos conversas bastante adiantadas com PCdoB, e queremos o apoio do PSB, PT e PMDB.
Como anda a relação com o PMDB, depois que o senhor recusou o convite de migrar para o partido deles?
As conversas esfriaram depois da recusa. Eu quero o apoio do PMDB, mas sou presidente do PDT no estado e estou muito bem. Qual seria minha justificativa para mudar, a não ser o adesismo, o oportunismo? Não combina comigo. Então houve um distanciamento, e eles também lançaram pré-candidato. Mas a conversa ainda está aberta, não há dificuldade de diálogo.
O que fez pela cidade enquanto prefeito?
Fizemos muita coisa. Investimentos em educação profissional, infraestrutura e saúde. No Plano Diretor que aprovei, vetei emendas propostas por doze vereadores que, agora, acabaram de ser condenados por corrupção passiva.
O que faltou fazer?
Educação e saúde sempre serão questões prioritárias. Natal é uma cidade construída sobre dunas, então meio ambiente e mobilidade urbana também são temas importantes. Montamos um grupo que está discutindo um programa de governo. Vamos apresentá-lo em abril. Até lá, ouviremos especialistas, associações comerciais e de bairro. A nossa candidatura atrai quadros qualificados que confiam na nossa gestão, no compromisso com a coletividade e crescimento sustentável.
A atual administração tem índices altíssimos de rejeição. A que credita essa descrença?
A cidade não tem projeto novo, seus serviços básicos estão deteriorados, convive com uma buraqueira nas ruas. Recebemos quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do Governo Federal, mas erguemos apenas uma. Em três anos, ela trocou 55 secretários, seis só na Educação. Não há planejamento que se sustente.
Confira a íntegra da entrevista.
ENTREVISTA COM O CANDIDATO: Carlos Eduardo Alves (PDT)
O pedetista Carlos Eduardo Alves foi o último ocupante do Palácio do Camarão antes da atual prefeita de Natal, Micarla de Souza (PV). Terceiro colocado na última eleição para governador, ele lidera com folga as pesquisas de intenção de voto para a disputa da capital, e pretende usar esse recall fazer uma ponte entre potiguares e governo federal, já que a oposição detém todos os cargos mais importantes no estado. “Enquanto no nordeste o Governo Federal ganha de ponta a ponta, o Rio Grande do Norte tem sido uma ilha. Quero tirar nosso estado da contramão”, afirmou, em entrevista ao repórter Marcelo Osakabe.
A oposição conseguirá se unir esse ano?
É o nosso desejo, até para tentar mudar a história do estado. Enquanto no nordeste o Governo Federal ganha de ponta a ponta, o Rio Grande do Norte tem sido uma ilha. Perdemos tudo em 2008 e 2010, arrasadoramente. A oposição fez barba, cabelo e bigode. Agora, temos a possibilidade de mudar essa história. Tenho uma média de 44% de intenção de voto, enquanto a governadora Rosalba Cialini (DEM) está com 17%. Quero tirar nosso estado da contramão.
Como andam as alianças?
Estamos começando essa articulação, o quadro deve se definir a partir de abril. Temos conversas bastante adiantadas com PCdoB, e queremos o apoio do PSB, PT e PMDB.
Como anda a relação com o PMDB, depois que o senhor recusou o convite de migrar para o partido deles?
As conversas esfriaram depois da recusa. Eu quero o apoio do PMDB, mas sou presidente do PDT no estado e estou muito bem. Qual seria minha justificativa para mudar, a não ser o adesismo, o oportunismo? Não combina comigo. Então houve um distanciamento, e eles também lançaram pré-candidato. Mas a conversa ainda está aberta, não há dificuldade de diálogo.
O que fez pela cidade enquanto prefeito?
Fizemos muita coisa. Investimentos em educação profissional, infraestrutura e saúde. No Plano Diretor que aprovei, vetei emendas propostas por doze vereadores que, agora, acabaram de ser condenados por corrupção passiva.
O que faltou fazer?
Educação e saúde sempre serão questões prioritárias. Natal é uma cidade construída sobre dunas, então meio ambiente e mobilidade urbana também são temas importantes. Montamos um grupo que está discutindo um programa de governo. Vamos apresentá-lo em abril. Até lá, ouviremos especialistas, associações comerciais e de bairro. A nossa candidatura atrai quadros qualificados que confiam na nossa gestão, no compromisso com a coletividade e crescimento sustentável.
A atual administração tem índices altíssimos de rejeição. A que credita essa descrença?
A cidade não tem projeto novo, seus serviços básicos estão deteriorados, convive com uma buraqueira nas ruas. Recebemos quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do Governo Federal, mas erguemos apenas uma. Em três anos, ela trocou 55 secretários, seis só na Educação. Não há planejamento que se sustente.
A falta de recursos nos primeiros anos de mandato não é a causa principal desse descontentamento? Não. Ela recebeu a cidade de nossas mãos com aproximadamente R$ 10 milhões em caixa. No último ano, investimos R$ 135 milhões, cerca de 14% do orçamento da cidade à época. Hoje, a prefeitura não apenas não investe nada, como também deve. Só na educação, há uma dívida de aproximadamente R$ 60 milhões. É um descalabro.
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